RUI LOPES GRAÇA

Coreógrafo | Junho 2019 | Portugal

Já lhe aconteceu estar a coreografar em Angola numa semana e na Noruega na seguinte e diz sentir-se fascinado com a universalidade da dança: o treino em movimento traça uma linha transversal a todas as culturas. Rui Lopes Graça foi solista da Companhia Nacional de Bailado (CNB) e é hoje coreógrafo e coordenador dos Estúdios Victor Córdon, uma plataforma ligada à CNB e ao Teatro Nacional de São Carlos que promove oficinas e residências para intérpretes e criadores. Autor de peças como ‘Tempestades’ ou ‘Quinze Bailarinos e Tempo Incerto’, esta última recentemente apresentada em Pequim e no Festival de Almada, Rui Lopes Graça fala-nos da sua infância passada em Moçambique; do espanto de se sentar pela primeira vez numa sala de espectáculos – o Teatro Carlos Alberto, no Porto – e ver actuar o Ballet Gulbenkian e José Grave, momento em que soube que iria ser bailarino; ou da ideia de bondade no trabalho coreográfico. A sua última criação, em parceria, como nas anteriores, com o artista plástico João Penalva, chama-se ‘Annette, Adele, e Lee’, os nomes dos três dançarinos de sapateado cujo som dos passos serviu de base para o conceito coreográfico da peça: os corpos – visíveis – de bailarinos da CNB, com formação clássica e contemporânea em dança, apropriam-se dos corpos – invisíveis – dos dançarinos de sapateado.