Cineasta | Agosto 2019 | Portugal
A câmara sabe colocá-la sempre na distância certa e a luz funciona como um reóstato sensível através do qual regula os níveis de visibilidade e relevo do objecto filmado, desejado. Realizado a meias com a companheira, Renée Nader Messora, e vencedor do prémio especial do júri Un Certain Regard em Cannes no ano passado, João Salaviza abandonou os temas da adolescência para trabalhar a entrada na idade adulta em ‘Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos’ com a mesma sensibilidade política e estética com que filmou a longa ‘Montanha’ e as curtas ‘Arena’, Palma de Ouro em Cannes em 2009, e ‘Rafa’, Urso de Ouro em Berlim três anos depois. Para João Salaviza, cinema é relação. E filma sempre em película.