Artista Visual | Novembro 2014 | Portugal
Ao telefone avisou que era lacónico nas respostas, nada como os outros entrevistados que tinha visto no projecto. Num primeiro momento João Onofre parece estar a falar de algo que não tem a ver com a questão que lhe é feita, mas depois apercebemo-nos de que não só esteve atento à pergunta como parece querer explorar várias possibilidades perante o que lhe foi lançado.
A ideia da performatividade do corpo na sua relação com a câmara é, no trabalho deste artista visual, colocada numa inquietude, numa precipitação para algo. Este para a morte heideggeriano em que nos encontramos, perante a obra de arte, aqui e agora, artista e espectador, num processo simultâneo de pensamento por vir acaba por ser, no fundo, a definição de arte contemporânea para Onofre, pelo que tem de experiência e de investigação. Nas suas palavras, de não saber enquanto artista o que procura.