Designer | Março 2015 | Portugal
Usou uma frase que espelha o ponto de partida que leva para as coisas, “não sei bem porquê”. Um dos últimos objectos que deslumbraram Fernando Brízio foi uma bóia de pesca, não sabe se pelas cores, se pelas formas, se pela ideia de flutuabilidade. Gosta de ficar a ver os senhores a pescar no rio. O seu atelier, em Marvila, Lisboa, está a 200 metros do Tejo. Não foi a primeira vez que se fascinou por uma bóia de pesca, em 2009 desenhou um humidificador em porcelana que usa uma bola de ping pong para medir a quantidade de água que existe dentro do recipiente. Esta é apenas uma das diferentes tipologias do seu trabalho, seja a da coreografia do movimento, seja a do sentido de humor, e há um carácter de descoberta, de relação emocional com o mundo, que considera um grande desenho habitado.