CLÁUDIA R. SAMPAIO

Poeta | Novembro 2018 | Portugal

Que outra utilidade podemos dar à solidão? É a proposta que nos faz o novo livro de poemas de Cláudia R. Sampaio, que vai ser lançado amanhã. Chama-se ‘Outro Nome Para a Solidão’ e, se na primeira parte entramos num mundo sombrio, na segunda deparamo-nos com um consolo, com uma esperança – a de que a solidão também tem aspectos bons. A poesia serve a Cláudia R. Sampaio para falar sobre grandes coisas através das pequenas; encontra na ideia de infinito sentidos para os muitos pontos que fazem o quotidiano da sua vida. Chama-lhe tontura cósmica. Para trás tem os livros ‘Os Dias da Corja’ (Do Lado Esquerdo, 2014), ‘A Primeira Urina da Manhã’ (Douda Correria, 2015), ‘Ver no Escuro’ (Tinta-da-China, 2016), ‘1025 Mg’ (Douda Correria, 2017), fez cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema e escreveu guiões para televisão. A pintura é outra expressão artística, mais recente, a que se tem dedicado, sendo que este novo livro, ‘Outro Nome Para a Solidão’, conta com ilustrações e capa da sua autoria. A poesia de Cláudia R. Sampaio é de uma pungência sem refreios – até porque a queda se apresenta sempre iminente. A escrita é uma necessidade de lucidez.