Desenhador | Setembro 2014 | Portugal
É um branco sobre branco a luz que ilumina as paredes nívea da casa de António Jorge Gonçalves. Durante a entrevista, refere-nos Martin Amis e a sua referência ao aforismo “a felicidade escreve em branco” e fala-nos sobre o que há de honesto no desenho no seu estado mais puro, o da sua profunda inutilidade. O momento em que percebeu que tinha de desenhar com o mundo em vez de para o mundo libertou-o do processo metódico e recluso do atelier e fê-lo dar o salto. O salto para o desenho em tempo real – que começou com o projecto ‘Subway Life’, o de desenhar quem que se sentava à sua frente na carruagem de metropolitano que utilizava durante as viagens que fez por vários pontos do mundo entre 1997 e 2003. Diz que viveria num país exótico, pelo que tem de fascínio nos mal-entendidos. É um homem de Sul.