ANDRÉ TAVARES

Arquitecto | Setembro 2016 | Portugal

Uma viagem a Tóquio com a entrevista ao arquitecto André Tavares já em mente permitiu reparar na construção da cidade com outro olhar, prédios de diferentes épocas encavalitados uns nos outros, os modernos a brotar dos tradicionais como flores, vias rápidas a atravessar a cidade a meia altura dos edifícios; uma espécie de protótipo das metrópoles distópicas retratadas pela manga e pelo anime – e tudo aquilo fazer sentido. André Tavares contrapôs com S. Paulo, escreveu inclusive o livro ‘Novela Bufa do Ufanismo em Concreto’ (Dafne, 2009), que reflecte sobre a forma enredada como a arquitectura se relaciona com o debate cultural e os movimentos sociais de um país, no caso o Brasil. A última Trienal de Arquitectura de Lisboa, “uma experiência de Outono” da cidade, como lhe chamou, encontra-se a decorrer, até 11 de Dezembro, sob o tema ‘A Forma da Forma’. André Tavares divide a curadoria com o arquitecto Diogo Seixas Lopes, que faleceu este ano, e diz-nos que, por mais que imaginemos as coisas, o futuro é sempre obsoleto.